quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Conta de luz já tem alta de 54%

Correio Braziliense

O baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas vai levar a reajustes crescentes da energia em todo o país. As contas de luz terão alta anual regular, em percentuais elevados, e repiques mensais em virtude da geração mais cara. Isso porque, a partir de janeiro, o consumidor vai sentir no bolso também o sistema de bandeiras tarifárias, cobrando no mês seguinte aos gastos extras com usinas térmicas.

Uma amostra dessa tendência chegará no próximo sábado (1º) aos clientes da Região Norte. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou ontem a Companhia Energética de Roraima (CERR) a realizar o maior aumento deste ano entre todas distribuidoras: 54,06%. O reajuste afetará 40 mil unidades consumidoras de 15 municípios do interior. Naquele estado a presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu a eleição para o adversário Aécio Neves (PSDB), que recebeu 59% dos votos válidos.

A Aneel também aprovou ontem aumento médio de 16,95% das tarifas da Boa Vista Energia, do grupo Eletrobras. O reajuste será aplicado a partir de novembro para 101 mil consumidores da capital. Para a classe residencial, o aumento será de 17,04%, e, para as indústrias, 16,78%. As tarifas da Amazonas Energia, também controlada pela estatal federal, terão reajuste médio de 18,62%. Para os clientes industriais, o aumento será de 22,63%; enquanto para as residências e o comércio, o aumento será de 15,83%. A companhia atende 700 mil unidades de consumo.

Próximas altas

A Aneel ainda precisa deliberar os reajustes de cinco distribuidoras: Light (RJ), Companhia de Eletricidade do Amapá, Centrais Elétricas de Rondônia, Companhia de Eletricidade do Acre e Companhia Sul Sergipana de Eletricidade. O pleito da Light, a ser avaliado na próxima semana, é de um reajuste de 25,04%. 

Na reunião de ontem (29), a diretoria da agência também aprovou a versão final do edital do leilão de energia A-5, que será realizado em 28 de novembro. A principal mudança foi a inclusão de três projetos de novas hidrelétricas: Itaocara I, de 150 megawatts (MW), no Rio de Janeiro; e dois projetos no Paraná, Apertados (139 MW) e Ercilândia (87 MW). O preço-teto para Itaocara I foi fixado em R$ 114 por MWh, o de Ercilândia R$ 137 e o de Apertados, R$ 152. A entrega da energia contratada deve ocorrer em 2019.

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