terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Maranhão declara emergência fitossanitária por surto de Helicoverpa



Com a medida, durante um ano os produtores estão autorizados a aplicar benzoato de emamectina, produto que não tem registro no BrasilPor Naiara Araújo (naiara@sfarming.com.br)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (14/12) uma portaria que declara estado de emergência fitossanitária no Maranhão devido ao risco de surto da lagarta Helicoverpa armigera. O anúncio do Mapa atende ao pedido do Governo do Maranhão, que também é uma resposta às solicitações dos produtores rurais maranhenses.



Segundo informações divulgadas pelo ministério, as regiões ameaçadas são as Leste e Sul do estado. Segundo Amilton Cruz, fiscal agropecuário da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), não há um levantamento sobre a incidência da lagarta nas lavouras do estado, mas ele afirma que o nível de dano que essa praga causa é significativo.



Ainda segundo ele, a portaria tem como objetivo implementar as medidas emergenciais para controlar a praga. “A decretação de emergência é uma das exigências do Ministério da Agricultura para que possa haver o uso do produto benzoato de emamectina, que não tem registro no Brasil e só pode ser usado nesses casos [de emergência]”, afirma Cruz.





No ano passado, o estado já havia declarado emergência pelos mesmos motivos e a última portaria perdeu a validade em outubro. Segundo o fiscal agropecuário, embora a helicoverpa seja uma praga que causa danos intensos nas lavouras de soja, milho e feijão, na safra 2015/2016 o controle realizado com o benzoato de emamectina foi eficiente. “Como a portaria é do ano passado, os produtores já têm conhecimento da legislação para fazer o uso regulamentar do produto”, diz o fiscal. Segundo informações do Mapa, o prazo de vigência da emergência fitossanitária será de um ano a partir da publicação.“A emergência existe porque é uma praga importante por causa do dano econômico e isso é necessário para que o uso do inseticida seja autorizado.”

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