domingo, 18 de junho de 2017

Incêndio em floresta deixa mais de 60 mortos em Portugal

DW

Corpos de metade das vítimas são encontrados dentro de seus veículos em duas estradas no distrito de Leiria, na região central do país. Chamas deixam dezenas de feridos. Governo decreta três dias de luto nacional.



Pelo menos 61 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no incêndio que atingiu o município português de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, cerca de 200 quilômetros a nordeste de Lisboa, segundo balanço oficial divulgado neste domingo (18/06) pelas autoridades portuguesas.

O secretário de Estado de Administração Interna de Portugal, João Gomes, informou que corpos de 30 pessoas foram encontrados dentro de seus veículos, em uma estrada que foi cercada pelo fogo. Outras 17 pessoas foram achadas fora dos carros, em áreas próximas à estrada, e dez mais na zona "rural".

Segundo Gomes, há ao menos 54 feridos, incluindo oito bombeiros. Cinco pessoas estão em estado grave, sendo quatro bombeiros.

Os esforços durante a noite de sábado se concentraram em evitar que o fogo se aproximasse das várias aldeias próximas, que não estão em situação de risco, assegurou o secretário de Estado.

Mais de 800 bombeiros trabalhavam para extinguir as chamas, com a ajuda de dois aviões da Espanha e três aviões oferecidos pela França.
O governo português decretou três dias de luto nacional por conta do desastre. "O fogo atingiu um nível de tragédia humana como nunca vimos", afirmou o primeiro-ministro António Costa.

"É um momento de dor, mas também de continuar a luta" contra as chamas, declarou, por sua vez, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, em pronunciamento na televisão na noite deste domingo.

Segundo as autoridades portuguesas, a tragédia começou na tarde de sábado, quando um pequeno incêndio, impulsionado por "ventos descontrolados", se converteu em um "evento impossível de controlar", segundo João Gomes. A polícia acredita que um raio tenha causado o fogo.

Portugal vem sendo afetado por uma onda de calor, com temperaturas que chegaram a ultrapassar os 40 graus centígrados.

Os chefes de governo da Espanha, Mariano Rajoy, e da Alemanha, Angela Merkel, telefonaram para o primeiro-ministro português comunicando solidariedade. Fonte oficial disse à agência de notícias Lusa que Costa tem recebido mensagens de vários outros líderes internacionais.

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