sábado, 17 de junho de 2017

Polícia britânica admite que tenham morrido 58 pessoas na torre Grenfell

DN




Primeira vítima mortal formalmente identificada é um jovem sírio de 23 anos

O comandante da polícia de Londres, Stuart Cundy, anunciou este sábado que há 58 pessoas desaparecidas na sequência do incêndio na torre Grenfell, em Londres, e que se admite que todas tenham perdido a vida. O número de desaparecidos conta com as 30 pessoas que já foram dadas como mortas. Até ao momento, apenas 16 corpos foram retirados do edifício de 24 andares que ardeu na passada quarta-feira.

A BBC admite, porém, que cerca de 70 pessoas estejam desaparecidas.

Cundy revelou ainda que Mohammed al-Haj Ali, jovem refugiado sírio de 23 anos, foi a primeira vítima mortal a ser formalmente identificada.
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Refugiado que fugiu da guerra na Síria acabou por morrer na Torre Grenfell

O responsável deixou ainda um apelo às pessoas que conseguiram sair do sair do prédio em chamas mas que ainda não o tenham feito saber às autoridades. "Não importa a razão, eu quero saber e nós todos queremos saber que estão bem e em segurança".

Segundo Stuart Cundy, a polícia vai divulgar amanhã, domingo, imagens e vídeos no interior da torre Grenfell, mas acrescentou que só o fará quando tiver contactado todas as famílias afetadas para lhes comunicar a intenção das autoridades.

Questionado pelos jornalistas, que perguntam se a polícia não está a fazer uma contagem demasiado baixa do número de vítimas, o responsável respondeu: "Têm a minha promessa de que logo que possa dizer-vos algo preciso, irei dizê-lo. A investigação vai ser extensa, a minha intenção é que ajudemos a fornecer respostas", garantiu, depois de admitir que compreendia que muitos possam recear que a escala da tragédia possa ser ainda maior.

As operações de resgate estiveram paradas na sexta-feira, por razões de segurança, mas foram retomadas este sábado.

Ontem, a primeira-ministra britânica, Theresa May, teve de ser escoltada pela polícia para longe de uma igreja londrina, onde se encontrou com sobreviventes do incêndio, assim como voluntários e líderes da comunidade local. May, cujo governo é acusado de não ter respondido da melhor forma à tragédia, anunciou um fundo de cinco milhões de libras (5,7 milhões de euros) para ajudar as famílias afetadas.

A primeira-ministra foi alvo de críticas porque, na primeira visita ao local, esteve com os bombeiros mas não se encontrou com as vítimas - alegou depois motivos de segurança - mas ontem a rainha Isabel II e o neto, William, estiveram com elas na rua. Por seu lado, o líder da oposição, Jeremy Corbyn, foi fotografado a abraçá-las logo na quinta-feira.

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