sexta-feira, 16 de junho de 2017

Teresina registra óbito suspeito de Febre do Nilo e Secretaria de Saúde investiga


Saúde investiga

Além do óbito, Secretaria de Estado da Saúde aguarda resultado de exames de mais nove pacientes do Piauí e do Maranhão com suspeita da doença.

Por Maria Romero e Catarina Costa, G1 PI




Na época, técnicos do Ministério da Saúde fizeram investigações (Foto: Reprodução/TV Clube)


A Secretaria de Estado da Saúde aguarda resultado de exame laboratorial acerca de um óbito registrado em Teresina, em janeiro de 2017, com suspeita de Febre do Nilo Ocidental. Nesta quinta-feira (15), o diretor de vigilância e atenção à saúde da Secretaria, Herlon Guimarães, informou que há mais 9 casos de pacientes suspeitos de terem contraído a doença.


Todo o material colhido de pacientes que apresentaram sintomas da Febre do Nilo foram enviados ao laboratório de referência Evandro Chagas, localizado em Belém, no Pará. Não há prazo para resultado.


"Além do Piauí, eles atendem mais 15 estados, então não há prazo. Contudo, já tomamos providências em três vertentes, que é a captura de mosquitos, coleta de material biológico de aves e cavalos, que são alguns dos hospedeiros do vírus e o cuidado junto à população por nossos agentes, no entorno da residência daqueles pacientes suspeitos", informou.


O paciente que morreu com suspeita da doença criava galinhas - principal hospedeiro do vírus da Febre do Nilo. Segundo Herlon Guimarães, ele era morador do bairro Dirceu, Zona Sudeste de Teresina.


De acordo com a Sesapi, a doença é de notificação compulsória imediata (em até 24h) em todo o território nacional, desde 2006. Em 2014, o Piauí foi o primeiro estado do país a apresentar um óbito confirmado em decorrência da doença. A vítima era um agricultor morador da cidade de Aroeiras do Itaim, no Sul do Piauí.

Sintomas


A Febre do Nilo manifesta-se na forma de encefalite, paralisia flácida aguda ou meningite asséptica, podendo levar à morte em 10% dos casos ou deixar sequelas neurológicas em significativa proporção dos sobreviventes.

As pessoas gravemente afetadas podem desenvolver encefalite (inflamação do cérebro) ou meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da espinal medula). Não existe tratamento específico para a Febre do Nilo. O cuidado do paciente infectado é de suporte e envolve hospitalização, reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.




Transmissão




A Febre do Nilo é uma arbovirose causada pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO), com transmissão aos seres humanos principalmente através da picada de mosquitos do gênero Culex (pernilongo comum). O mosquito Aedes albopictus também é considerado um vetor potencial.


A Sesapi destacou que mantém as recomendações para medidas de combate à proliferação de mosquitos já indicadas por conta do risco de transmissão de dengue, zika e chikungunya.


Ao G1, Herlon Guimarães reforçou que é fundamental combater o acúmulo de água nas residências para eliminar os criadouros dos mosquitos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário