sexta-feira, 29 de setembro de 2017

ONU pede que mangás com conteúdo pedófilo sejam proibidos

Segundo a ONU, a prostituição infantil foi reduzida, mas o material pedófilo e pornográfico aumentou, principalmente on-line.


A ONU, através de uma representante, solicitou que sejam proibidos mangás (quadrinhos japoneses) e ilustrações de caráter sexual envolvendo menores no Japão.

Quem vive no Japão está acostumado a ver muitas revistas em quadrinhos japonesas, os populares mangás, com temas um tanto estranhos. Há heróis e heroínas em cenas um tanto quanto perturbadoras. E com a internet, estes quadrinhos considerados um tanto eróticos ganharam o mundo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) através de uma representante, solicitou que sejam proibidos mangás (quadrinhos japoneses) e ilustrações de caráter sexual envolvendo menores no Japão. Maud de Boer-Buquicchio, relatora especial da ONU para o tráfico de menores e a prostituição e pornografia infantis, afirmou na segunda-feira que ainda que sejam virtuais, “esses conteúdos pedófilo-pornográficos extremos deveriam ser proibidos”.

Atualmente, esses conteúdos não são regulamentados pela lei como pedofilia. A representante da ONU elogiou as recentes medidas legislativas que, além da distribuição, agora também penalizam a posse de fotos e vídeos de menores, mas lamentou que as autoridades japonesas não tenham chegado a proibir, na legislação vigente desde o ano passado, os desenhos animados com imagens obscenas envolvendo crianças.

Arte contemporânea ou erótica?

Os desenhistas de mangá defendem suas obras, que são seguidas por milhões de pessoas pelo mundo. Há até eventos em que pessoas se vestem como personagens das revistas, havendo inclusive concursos para eleger as mais “reais”.



Segundo o site 180 graus, a maioria dos desenhistas de mangá e criadores de animes (desenhos animados japoneses) é oposta à ideia de proibir os quadrinhos e animações que exibem algum tipo de sexualização infantil, com o pretexto de que é difícil definir exatamente o que é ou não pedofilia e pornografia.

A representante da ONU também considerou que na lei japonesa contra pornografia infantil existem “numerosas lacunas” que permitem atividades comerciais, como a venda de DVDs, álbum de fotos na internet e lojas especializadas em fotos de meninas menores de 12 anos de biquíni ou o aluguel de estudantes para fazer companhia para homens adultos durante algumas horas. A prostituição infantil foi reduzida, mas o material pedófilo e pornográfico aumentou, principalmente on-line, indicou a representante.

No ano passado foram registrados no Japão 1.828 casos de pornografia infantil, afetando um total de 746 crianças, segundo as autoridades.

Será que os mangás com conteúdo erótico contribuem com aumento de casos de abusos de menores?

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