domingo, 10 de dezembro de 2017

Oito deputados goianos se dizem contra a reforma da Previdência


Por Larissa Quixabeira


Apenas três afirmam que votarão pela aprovação da proposta. Demais parlamentares estão indecisos ou não responderam. Veja lista


Fábio Sousa (PSDB), Flávia Morais (PDT), Rubens Otoni (PT) e Daniel Vilela (PMDB) dizem que votarão contra a reforma da Previdência | Fotos: Agência Câmara

Oito dos 17 deputados federais de Goiás se posicionam contrários à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Levantamento realizado pelo jornal Estado de S. Paulo e atualizado na tarde deste sábado (9/12) mostra a intenção de voto de todos os parlamentares.

São contra a proposta do governo os deputados Daniel Vilela (PMDB), Pedro Chaves (PMDB), Delegado Waldir (PR), Fábio Sousa (PSDB), Flávia Morais (PDT), Lucas Vergílio (SD) Magda Mofatto (PR) e Rubens Otoni (PT).

Em Goiás, três se posicionam a favor do projeto: Giuseppe Vecci (PSDB), Roberto Balestra (PP) e Thiago Peixoto (PSD). Não foram encontrados João Campos (PRB), Marcos Abrão (PPS) e Sandes Júnior (PP). Célio Silveira (PSDB) e Jovair Arantes não quiseram responder e Heuler Cruvinel (PSD) disse estar indeciso.

Ainda segundo o levantamento, o governo está longe de conseguir os 308 votos necessários para aprovar o texto. Apenas 62 deputados se posicionam a favor. Os votos contra somam 216. O número de indecisos é 95. Outros 73 não foram encontrados e 60 não quiseram responder.

Na última sexta-feira (8/12), o presidente Michel Temer disse que a votação da PEC pelo plenário da Câmara deve acontecer nos dias 18 e 19 de dezembro. Por causa do recesso parlamentar, a votação no Senado Federal deve ficar para fevereiro do ano que vem.

A matéria está pronta para ser votada desde maio, mas o governo protela colocar o projeto em pauta pela dificuldade em conseguir os votos necessários para aprovação. A articulação é para que o projeto seja votado ainda este ano, pois a avaliação é de que a rejeição da matéria pelos deputados aumenta à medida que se aproxima o período eleitoral.

Até agora, dois partidos decidiram fechar questão e obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma: o PMDB do presidente Michel Temer e o PTB. Deputados que desobedecerem a determinação podem sofrer sanções internas.

Em busca de angariar mais votos, o governo fez alterações no texto, retirando os trabalhadores rurais da reforma e também retirando o trecho que estabelecia redução do valor de um salário mínimo mensal pago a idosos sem aposentadoria e a deficientes com baixa renda.

Entre os principais pontos da nova proposta, estão a fixação de idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres, como estava no texto original, sendo que professores e policiais passam a cumprir exigência de 60 anos e 55 anos, respectivamente, sem distinção de gênero.

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