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© Reuters. Pessoas caminham atrás de logo da conferência do clima (COP21), em Paris
Por Barbara Lewis e Bate Felix
PARIS (Reuters) - Com o incentivo de 150 líderes mundiais, negociadores governamentais tentavam nesta terça-feira em Paris transformar essa retórica de unidade em um texto de acordo global para reduzir a mudança climática.
Mas à medida que os líderes deixavam a capital da França, ficou evidente que as divergências que têm impedido um acordo ao longo de quatro anos de negociações ainda permanecem sem solução.
Negociadores de 195 países voltaram a trabalhar sobre um projeto de mais de 50 páginas e repleto de questões candentes a serem resolvidas.
O maior obstáculo é o dinheiro: como garantir os bilhões de dólares que as nações em desenvolvimento precisam para abandonar os combustíveis fósseis e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas.
Nas conversações técnicas desta terça-feira, os países reafirmaram suas posições de negociação bem conhecidas sobre a questão, com poucas sugestões de compromisso.
O delegado da China, Su Wei, "observou com preocupação" o que chamou de falta de compromisso por parte de países ricos para fazer cortes profundos nas emissões de gases do efeito estufa e ajudar as nações em desenvolvimento com o novo financiamento para combater o aquecimento global.
E o grupo dos 48 países menos desenvolvidos pediu ações muito mais firmes para limitar o aumento das temperaturas.
"Está de volta ao âmago da questão", disse Alden Meyer, da União de Cientistas Preocupados, acrescentando que o dia de abertura foi "tudo de bom, mas isso não resolve os problemas cruciais."
Certamente ainda há um pouco do clima de boa vontade visto na segunda-feira, quando líderes mundiais subiram ao palco para fazer valer o imperativo de alcançar um acordo climático.
O presidente da França, François Hollande, disse que foi encorajado pelo início de uma conferência que deve durar até 11 de dezembro. "Largou bem, mas também tem que chegar", disse ele a repórteres.
O humor também foi estimulado por grandes anúncios de gastos, incluindo um plano de Índia e França para mobilizar 1 trilhão de dólares para energia solar a algumas das pessoas mais pobres do mundo e uma iniciativa do setor privado liderado pelo cofundador da Microsoft Bill Gates para mobilizar bilhões de dólares a novas pesquisas de desenvolvimento e energia.
(Reportagem adicional de Emmanuel Jarry)
Escrito por: Reuters
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