domingo, 6 de dezembro de 2015

Jacques Wagner teria falsificado assinatura de Almirante Comandante da Marinha

Major ‘enquadra’ Ministro da Defesa de Dilma devido a falsificação de assinatura de Comandante da Marinha

Na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o deputado Major Olímpio pediu a convocação de Jaques Wagner, Ministro da Defesa nomeado por Dilma Rousseff, para responder a respeito do decreto 8515 e da nebulosa e suposta “falsificação” da assinatura do Comandante da Marinha para dar respaldo ao decreto. 

“Aprovado requerimento do Major Olimpio que pede comparecimento do Ministro da Defesa na Câmara dos Deputados dia 30 de Setembro para explicar ao Brasil decreto ofensivo às forças armadas. Decreto 8515 reduz poder dos comandantes militares e transfere para Ministro da Defesa competência de assinar atos relativos ao pessoal, como transferência para reserva, reforma de oficiais da ativa e até mesmo nomeação de capelães. Major Olimpio considerou o decreto uma desconsideração e achincalhe com as forças armadas.”, relatou ele. 
Em entrevista ao Estadão, um oficial-general afirmou que o recente decreto de Dilma que tira poderes dos comandantes militares e os transfere ao Ministro da Defesa de Dilma seria obra de um “radical do mal”. 

"Há uma preocupação de que este decreto, que estava dormindo há anos, foi resgatado por algum radical do mal ou oportunista, com intuito de criar problema", disse ele, ao lembrar que a publicação do texto foi "absolutamente desnecessária". O decreto gerou "uma histeria geral", pela maneira como foi feita a publicação, sem que a cúpula militar fosse avisada. 


Conforme o relatado, Dilma se recusou a revogar o decreto, alegando que isso causaria um desgaste enorme ao seu governo, que já sofre com impopularidade e instabilidade. Entretanto, Jaques Wagner irá editar uma portaria "devolvendo" o poder aos comandantes militares, possibilidade que é abarcada pelo decreto e será uma maneira de "voltar atrás" sem envolver diretamente a presidente, ou, ainda, de simular que se está a seguir apenas o curso natural da decisão. Dessa maneira, as decisões militares abarcadas pelo decreto voltariam a funcionar como antes. No entanto, cabe ressaltar que a portaria pode ser revogada a qualquer momento. 
Em discurso na Câmara dos Deputados, o parlamentar Domingos Sávio, do PSDB/MG, explicou como o PT quer “aparelhar” as Forças Armadas e comparou essa tentativa à forma como neutralizou a UNE (União Nacional dos Estudantes). De acordo com ele, cada militar, para poder ser promovido, teria de “bater continência” para um civil apadrinhado pelo PT. Assista ao vídeo:

Sávio fez essas colocações referindo-se ao recente decreto da presidente Dilma Rousseff que transfere os poderes dos comandantes militares para o Ministro da Defesa. Após a polêmica, Jaques Wagner, ministro da Defesa, decidiu publicar uma portaria subdelegando tais poderes aos comandantes militares, uma forma de “devolver” o que lhe foi concedido pelo decreto presidencial. 
Ministro da Defesa liga para comandantes militares ‘enfurecidos’ e pede calma

Jaques Wagner, Ministro da Defesa da presidente Dilma Rousseff, telefonou, nesta tarde, para os comandantes das Forças Armadas para abordar o conflito oriundo de decreto da presidente Dilma Rousseff que tira poderes dos Comandantes Militares e delega ao Ministro da Defesa competência para assinar atos relativos a pessoal militar, como transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos; reforma de oficiais da ativa e da reserva; promoção aos postos de oficiais superiores; nomeação de capelães militares, entre outros. 

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica estavam reunidos há uma hora no local e aguardavam também a chegada de Wagner, que afirmou que compareceria ao encontro. O ministro telefonou, durante o período, avisando que chegaria em breve. No entanto, ao fim, ligou avisando que não poderia ir por estar em uma reunião urgente convocada pela presidente Dilma Rousseff para tratar do assunto. 


Os comandantes estavam extremamente tensos e irados com o decreto, o que foi agravado pela demora de Wagner. Ao telefone, o ministro pediu desculpas e marcou outra reunião para amanhã pela manhã, mas enfatizou, repetidas vezes, que os comandantes precisam ter calma. “Vocês estão se engasgando com um mosquito na garganta”, disse ele, salientando que houve um mal-entendido e garantindo que irá, o mais rápido possível, editar uma portaria "devolvendo" os poderes que foram a ele transferidos por meio do decreto de Dilma. 


Reunião urgente de Dilma com o Ministro da Defesa

De acordo com fontes ligadas à alta cúpula do Ministério da Defesa e dos comandos das Forças Armadas, a presidente Dilma Rousseff convocou, nesta tarde, uma reunião urgente com Jaques Wagner, Ministro da Defesa, para discutir o conflito com o alto escalão das Forças Armadas após decreto que tira poderes dos Comandantes Militares e delega ao Ministro da Defesa competência para assinar atos relativos a pessoal militar, como transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos; reforma de oficiais da ativa e da reserva; promoção aos postos de oficiais superiores; nomeação de capelães militares, entre outros.

Conforme o relatado, Dilma se recusou a revogar o decreto, alegando que isso causaria um desgaste enorme ao seu governo, que já sofre com impopularidade e instabilidade. Entretanto, Jaques Wagner irá editar uma portaria "devolvendo" o poder aos comandantes militares, possibilidade que é abarcada pelo decreto e será uma maneira de "voltar atrás" sem envolver diretamente a presidente, ou, ainda, de simular que se está a seguir apenas o curso natural da decisão. 

Dessa maneira, as decisões militares abarcadas pelo decreto voltariam a funcionar como antes. No entanto, cabe ressaltar que a portaria pode ser revogada a qualquer momento.

Congresso Nacional 


Em pronunciamento no Congresso Nacional, o deputado Jair Bolsonaro pronunciou-se a respeito do decreto que retira poderes dos Comandantes Militares. “DECRETO 8515 - MARXISMO NAS FORÇAS ARMADAS: O Decreto 8515/2015, ao revogar o Decreto 62.104/1968, retira da competência dos Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, o caráter final para aprovar os Regulamentos das Escolas Militares. A Presidente-Terrorista pretende influenciar diretamente nos currículos escolares das Forças Armadas. Vários parlamentares devem apresentar Projetos de Decreto Legislativo para sustar os efeitos dessa malfadada norma.”, descreveu ele nas redes sociais. Assista ao vídeo: 


Durante reunião no Congresso Nacional por ocasião dos 70 anos do encerramento da participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, o General Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandante do Exército Brasileiro, afirmou que o Brasil perdeu a coesão nacional, o sentido de projeto nacional e a unidade em virtude da divisão do país. Segundo ele, a recuperação dessa condição é urgente. Ademais, Villas Bôas reasseriu que o Exército serve ao povo brasileiro. 


Decreto polêmico

Conforme relatado pelo UOL, a responsabilidade pela decisão de o decreto que tira poderes dos comandantes das Forças Armadas ter saído da gaveta era considerada um mistério. No fim do dia, no entanto, a Casa Civil informou que o envio do decreto à presidente atendeu a uma solicitação da secretaria-geral do Ministério da Defesa, comandada pela petista Eva Maria Chiavon.

No ato da nomeação de Chiavon, houve intensa reação por parte dos militares, tendo em vista que ela, petista "histórica", é casada com Francisco Chiavon, conhecido como "Chicão do MST", um dos fundadores deste "movimento" e considerado o "comandante nº2" da organização, sendo reconhecido como o braço-direito de Stédile. 

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