Moacir Pereira
Fato inédito nos últimos 50 anos. Multiplicam-se em várias regiões de Santa Catarina manifestos de entidades empresariais, panfletos de sindicatos profissionais e publicações de associações classistas contendo as mais diversas críticas à situação e aderindo às manifestações do dia 13 de março.
A mais recente e forte convocação à participação da sociedade tem a assinatura da Federação das Indústrias de Santa Catarina. Seu presidente, Glauco José Corte, enfatiza: "As turbulências ora enfrentadas e a incapacidade dos agentes públicos em lidar com suas consequências comprometem a competitividade e o futuro da indústria brasileira. Também ameaçam a qualidade de vida dos trabalhadores e de suas famílias. A paralisia do Estado se reflete na depressão da atividade produtiva e na redução dos investimentos e dos empregos".
Depois de defender a mobilização da sociedade e convocá-la para liderar o processo de renovação do Brasil, destaca: "Assim, a Fiesc conclama todos a se posicionarem de forma intransigente em favor da ética e em defesa do bem comum e da justiça social, através da valorização da indústria e da retomada do desenvolvimento. Só dessa forma asseguraremos a estabilidade, o bem-estar e a harmonia de todos os cidadãos".
Oito entidades empresariais e da sociedade civil de Blumenau estão publicando um manifesto igualmente contundente. Começa assim: "A frustração do povo brasileiro chegou ao seu limite. (...) Queremos à frente dos governos políticos sérios e comprometidos com o bem da nação e não esses muitos somente em busca incessante de benefícios pessoais, totalmente desconectados da realidade brasileira". Convocam a população do Vale para estar na frente da prefeitura dia 13 de março, a partir das 16h.
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