sábado, 4 de junho de 2016

Bactéria ultrarresistente ao último antibiótico mobiliza autoridades sanitárias nos EUA
















As autoridades sanitárias dos Estados Unidos alertaram nesta
terça-feira (2) [junho/2016] que estão tentando localizar todas as
pessoas que tenham tido contato com uma paciente diagnosticada com uma
bactéria mutante ultrarresistente aos antibióticos.

Os pesquisadores tentam descobrir como essa paciente do Estado da
Pensilvânia, de 49 anos, que não viajou recentemente ao exterior,
contraiu uma variedade da bactéria _Escherichia coli_, mais conhecida
pela abreviatura E.coli, que lhe causou uma infecção urinária
persistente.

A bactéria contraída é portadora do gene MCR-1, que a torna
resistente à colistina, o antibiótico utilizado como último recurso
nos casos de polirresistência. A bactéria reagiu, porém, a um
tratamento com carbapenem, outro antibiótico de amplo espectro.

Esta é a primeira vez que este tipo de gene foi identificado em uma
bactéria encontrada em um ser humano infectado nos Estados Unidos,
embora já tenham sido registrados casos semelhantes na Europa e na
China [ver abaixo - Mod. RNA].

Com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 50%, as bactérias com
este gene mutante são consideradas pelos Centros de Controle de
Doenças dos Estados Unidos como uma das maiores ameaças à saúde
pública.


EUA têm primeiro caso de bactéria resistente ao 'último
antibiótico'
------------------------------------------------------------------------------------
Os Estados Unidos registraram o primeiro caso de um paciente com uma
superbactéria resistente ao antibiótico mais potente que a medicina
conhece: a colistina. Considerada o último recurso, quando a pessoa
tem uma infecção que não responde a outros antibióticos
convencionais, essa droga existe desde 1949, e a resistência a ela
foi identificada pela primeira vez em 2015, na China [ver abaixo -
Mod. RNA]. Com isso, autoridades de saúde pública chegam a dizer que
estamos "no fim da linha" na era dos antibióticos.

A bactéria foi encontrada na urina de uma mulher de 49 anos da
Pensilvânia, que tinha infecção urinária. Pesquisadores do
Departamento de Defesa dos EUA afirmam se tratar de uma infecção que
envolve uma cepa da bactéria _E. coli_ resistente à colistina,
segundo um estudo publicado pela Sociedade Americana de Microbiologia.
Não é claro como essa resistência surgiu, uma vez que a paciente
não viajou recentemente e a colistina não é amplamente usada nos
EUA.

A grande preocupação dos cientistas e médicos é que a resistência
à colistina se combine à resistência a outros tipos de
antibióticos para formar infecções que não podem ser tratadas. O
gene mcr-1, responsável por conferir resistência à colistina, pode
se espalhar rapidamente entre as espécies, dizem os médicos. "Quanto
mais olhamos para resistência aos medicamentos, mais preocupado
ficamos", disse o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de
Doenças dos EUA, Thomas Frieden. "O armário de remédios está vazio
para alguns pacientes. É o fim da estrada para os antibióticos se
não agirmos com urgência".

Nasia Safdar, da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade
de Wisconsin, também se mostrou preocupada. "É quase inevitável que
mais casos virão à luz. É apenas uma questão de quão rapidamente
as coisas se espalhar. Não seria um exagero dizer que estamos no
final do tratamento antimicrobiano eficaz para bactérias resistentes
a antibióticos" afirmou ela.

***********************************************

Nenhum comentário:

Postar um comentário