O Estado Islâmico fez pelo menos 3 mil prisioneiros e matou outros 61 entre os civis que fugiam em direção à cidade de Kirkuk, no Iraque, sob controlo militar dos curdos iraquianos.
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Civis fugiam do Estado Islâmico em direção à cidade de Kirkuk, atualmente sobre controlo dos curdos iraquianos
KHALIL AL-A'NEI/EPA
João de Almeida Dias
Pelo menos 61 pessoas morreram depois de serem executadas por militantes do Estado Islâmico na cidade iraquiana de Hawijah, na província de Kirkuk. O anúncio foi feito por Hassan Mahmoud al-Soufi, comandante de milícias populares pró-Governo de Bagdade, que fazem parte da aliança militar de combate ao Estado Islâmico.
De acordo com aquele líder militar, as 61 vítimas mortais estavam em fuga das suas cidades, atualmente sob ataque do Estado Islâmico, tendo como destino final a cidade de Kirkuk, capital da província com o mesmo nome.
Na sexta-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) deu conta de que no dia anterior cerca de 3 mil de civis que fugiam de aldeias no distrito de Hawiga, também na região de Kirkuk, foram capturadas pelos militantes do autoproclamado Estado Islâmico. Entre estes, 12 terão morrido enquanto foram mantidos em cativeiro.
Estas notícias surgiram depois de um relatório do Observatório Iraquianos dos Direitos Humanos ter dado conta da captura de cerca de 1 900 civis por parte de entre 100 a 120 soldados do Islâmico. Destes, 16 foram mortos: dez por execução, seis queimados vivos.
Neste momento o exército iraquiano, sob a liderança do exército dos EUA, está a tentar retomar o controlo da cidade de Mosul, a cerca de 170 quilómetros de Kirkuk, que foi tomada pelo Estado Islâmico em junho de 2014. Enquanto isso, os peshmerga, os soldados curdos iraquianos que também são auxiliados pelos EUA, têm o controlo da cidade de Kirkuk. É para lá que milhares de pessoas têm fugido de outras zonas da província de Kirkuk que continuam sob controlo do Estado Islâmico.

Zonas controladas pelo Estado Islâmico marcadas a preto. No Iraque, subsistem principalmente em partes da província de Kirkuk e na província de Mosul, ambas a nordeste. (Screenshot do site http://isis.liveuamap.com/pt)
De acordo com as Nações Unidas, 3,3 milhões de iraquianos vivem atualmente deslocados dentro do próprio país, como resultado dos confrontos entre a aliança militar liderada pelos EUA e os militantes do Estado Islâmico.

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