sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Conheça os imigrantes brasileiros que disputam cargos políticos nos EUA

Publicado por Roberto Lima


Renata Castro, Margareth Shepard. José Peixoto e Cláudia Mariaca representam a comunidade brasieliras nestas eleições

Divididos entre Democratas e Republicanos, brasileiros afirmam que buscam o melhor para a comunidade imigrante

As eleições americanas deste ano contam com personagens importantes para a comunidade brasileira. Eles disputarão cargos eletivos com objetivo de dar voz à comunidade em estados onde é grande a presença de brasileiros, como a Flórida e Massachusetts, reportou o AcheiUsa.

Nesses dois estados, ao menos quatro membros da comunidade concorrem a cargos públicos. Os dois Estados abrigam as maiores parcelas de imigrantes brasileiros nos EUA, estimados, já que não há nenhuma estatística oficial, em pelo menos 1 milhão de pessoas.

Em Massachusetts, a goiana Margareth Shepard moradora nos EUA há 24 anos, filiou-se ao Partido Democrata e concorre à uma vaga no Comitê Eleitoral do partido em Framingham (MA). “O momento em que vivemos requer a nossa participação em todos os níveis”, disse Shepard. “Não basta apenas ser pai ou mãe, um bom profissional, atuantes em nossas igrejas. É preciso que participemos do processo político administrativo. Para isto, temos que entender como funciona no nosso pequeno coletivo”.

Pela Flórida, Cláudia Mariaca, esposa do empresário brasileiro Carlos Mariaca, apesar de ser argentina, viveu muitos anos no Brasil, fala português fluente e anunciou sua candidatura a city council (vereadora) em Doral, cidade do condado de Miami Dade. “Estou feliz e honrada em anunciar minha candidatura para councilwoman da cidade de Doral. Vou estar comprometida com a questão do tráfego, segurança pública e mais oportunidades para a comunidade”, disse. Claudia vive em Doral há mais de dez anos e tem participado ativamente das atividades dos residentes da cidade. “Quero trazer de volta a integridade e honestidade dos governos locais e ser a voz dos trabalhadores da região”.

Em Margate (FL), a advogada de imigração Renata Castro Alves disputa uma vaga para commissioner. Renata é muito conhecida na comunidade por sua proatividade frente às questões que dizem respeito à imigração e aos imigrantes brasileiros.

Ela afirma que decidiu se candidatar, pois a campanha em âmbito local, tem necessidade de candidatos latinos, e Renata seria a primeira latina a se candidatar para um cargo eleito na cidade de Margate. O objetivo é de galgar postos mais altos, levando a uma representação das necessidades dos brasileiros junto aos governos estadual e federal, num futuro próximo.

O City Commissioner ocupa uma posição com autoridade legislativa, ou seja, aprovar, propor ou vetar leis de âmbito municipal. Apesar de a eleição ter escopo municipal e não ser definida por afiliação partidária, Renata, que é Democrata, acredita que a eleição em massa de candidatos pró-imigrantes poderá ter um grande impacto no futuro dos imigrantes em geral.

Republicano – Há 31 anos nos EUA, José Peixoto nasceu em Ipanema (MG) e apoia o Republicano Donald Trump para a Casa Branca. “Ele não tem rabo preso com ninguém, não deve um centavo, não tem lobby nenhum atrás dele”, afirma o brasileiro, que trabalha com construção civil e mora em Key Largo, ilha ao sul de Miami.

O brasileiro também é filiado ao Partido Republicano, mas concorrerá como independente a uma vaga no Congresso porque não participou da prévia que definiu o candidato republicano em seu distrito eleitoral. É a segunda vez que ele disputa o posto. Em 2012, perdeu ao ficar em quarto lugar, com 2.717 votos (1,1% do total). O vencedor, o democrata Joe Garcia, recebeu 136 mil votos (53,6%).

Peixoto diz que alguns brasileiros na Flórida o censuram por pedir votos para Trump (o empresário promete deportar todos os imigrantes sem vistos), mas que “em meia hora de conversa muitas pessoas mudam de opinião”.

Segundo ele, a proposta de Hillary Clinton para regularizar imigrantes sem documentos vai “abranger muita gente que não deveria estar aqui”, como criminosos e estrangeiros que não conseguem se sustentar sem o apoio do Estado.

Membro da maçonaria, ele diz que uma de suas principais propostas é limitar o mandato de congressistas a uma única reeleição (hoje não há limite ao número de mandatos).

Peixoto diz que Hillary é a “Dilma americana” e compara o Partido Democrata ao PT. “Os democratas têm esse negócio de querer dar bolsas para tudo, como o PT, mas nós já vimos que isso não deu certo no Brasil.”

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