segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Entrevista com Bolsonaro: Agressor não agiu sozinho e que não prego o ódio: "sou vítima daquilo que combato"

Infomoney

Bolsonaro diz que agressor não agiu sozinho e que não prega o ódio: "sou vítima daquilo que combato"




Candidato concedeu sua primeira entrevista em vídeo diretamente do hospital Albert Einstein




(Reprodução)


SÃO PAULO - Em sua primeira entrevista em vídeo desde que sofreu o ataque à faca, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que seu agressor, Adelio Bispo de Oliveria, não agiu sozinho e que ele seria vítima daquilo que combate. A conversa foi gravada no hospital Albert Einstein com o jornalista Augusto Nunes, da rádio Jovem Pan.

"Não acredito que ele agiu sozinho, ele não é tão inteligente assim. Ele foi para cumprir uma missão", disse, ressaltando que o ataque foi um "atentado político". Sobre a sensação, ele repetiu o que já havia comentado, de que pareceu um "soco no estômago". "Eu vi minha camisa e tinha um cortezinho, mas não saia sangue", explicou o deputado.

Bolsonaro ainda questionou as investigações, dizendo que a Polícia Civil de Juiz de Fora está mais avançada que a Polícia Federal. "O depoimento do delegado que está conduzindo, realmente é para abafar. Eu lamento o que ouvi ele falando. Dá a entender até que age em parte como uma defesa do criminoso. Isso não pode acontecer. Não quero que inventem um responsável. Longe disso", afirmou.

Questionado sobre se o ataque não seria um resultado do próprio discurso que ele faz, que muitos adversários dizem ser de ódio, Bolsonaro disse ser "vítima daquilo que eu combato". "Eu prefiro a cadeia cheia de vagabundo do que um cemitério cheio de inocentes", atacou.

"Esses caras que falam que eu sou um risco para a democracia, eu sou um risco para os esquemas dele", continuou o deputado afirmando que irá acabar com indicações de cargo público, citando especialmente o caso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Na entrevista, o candidato do PSL deu detalhes das cirurgias que passou e de como foram os momentos entre o ataque até a chegada no hospital em Juiz de Fora. Além disso, ele declarou que sabia que podia acontecer algo de ruim com ele e que a primeira coisa que pensou após o ataque foi na filha de sete anos de idade. "Ela inclusive me inspira na política", disse.

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