IONLINE - ONU refere execuções sumárias em Mossul pelos sunitas, que continuam Aiatola convoca "todos os xiitas" para impedir chegada do ISIS a Bagdad a avançar para a capital. Já há pelo menos meio milhão de refugiados O grande aiatola Ali al-Sistani pediu ontem a todos os membros desse ramo do islão que se juntem à luta contra os insurrectos sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS). A convocatória emitida por um representante da entidade máxima do xiismo no Iraque foi feita durante as orações de sexta-feira, à hora em que os militantes continuavam a tomar cidades no Norte e no Leste do país em direcção ao Sul. A "nova al-Qaeda" continua a avançar para a capital, Bagdade, e outras regiões dominadas pela maioria xiita, que o grupo classifica de "infiéis". "Cidadãos capazes de pegar em armas e lutar contra os terroristas, defender o seu país e o seu povo e os seus locais sagrados devem voluntariar-se para se juntar às forças de segurança e assim alcançarem o seu propósito sagrado", disse o xeque Abdulmehdi al-Karbalai no sermão durante as orações. Antes da convocatória já havia rumores de que milhares de civis iraquianos já estão a formar milícia xiitas, com o correspondente da BBC no terreno a dizer que esta agregação de forças deverá ser crucial nos combates contra o ISIS para travar os seus avanços e a ameaça que representam para a região. Entretanto, o ministro iraquiano das Comunicações começou ontem a bloquear sites de redes sociais na capital, como avançado pela agência de notícias parcialmente privada Al-Mada. Ao longo do dia, os militantes sunitas foram avançando na província de Diyala, na fronteira com o Irão, que já terá enviado para o terreno centenas de tropas da sua força de elite, a Guarda Revolucionária, a fim de lutarem ao lado das forças iraquianas, optando por um apoio que EUA e Reino Unido excluíram ontem das suas opções (ver texto secundário). Grupos de insurrectos e forças do governo entraram em confrontos em Udhaim, 90 quilómetros a norte de Bagdade, e em Muqdadiya, 80 quilómetros a noroeste da capital. A agência das Nações Unidas para os Direitos Humanos diz já ter confirmado a morte de pelo menos 17 civis a trabalhar com a polícia iraquiana e de 12 soldados, a par de "centenas de execuções sumárias" de civis e soldados pelos ultraextremistas sunitas.
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