sábado, 5 de novembro de 2016

Milícias saem às ruas no dia 8 e prometem guerra se Trump perder




Membros dos Oath Keepers numa sessão de treino

| REUTERS/JIM URQUHART

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Alguns grupos paramilitares estarão a monitorizar assembleias de voto para impedir as fraudes que o republicano tem denunciado.

Se Hillary Clinton vencer as presidenciais de terça-feira, Chris Hill e os membros da Three Percent Security Force prometem uma marcha armada nas ruas de Washington. À iniciativa da milícia da Geórgia junta-se a de um outro grupo paramilitar anti-governo, os Oath Keepers, que se propõe ter membros junto às assembleias de voto para evitar as fraudes que o republicano Donald Trump tem vindo a denunciar. Com as sondagens a darem os dois candidatos praticamente empatados, crescem os receios de violência entre vigilantes armados e apoiantes da ex-primeira dama ou de confrontos com as autoridades.

A própria campanha de Trump tem desde agosto estado a pedir voluntários para atuarem como "observadores" no dia das eleições. "Ajudem-me a impedir a "Hillary Corrupta" de roubar estas eleições", pediam.

Mas não estamos a falar de uns voluntários comuns. Trata-se de homens armados, muitos deles antigos polícias ou militares na reserva. E até têm um nome de código para a missão de vigilância nas assembleias de voto: Operação Tamanco 2016. Os cerca de 30 mil membros dos Oath Keepers receberam instruções para se misturarem com os eleitores e tentar juntar provas de que houve fraude. Numa mensagem a que o The Guardian teve acesso, Stewart Rhodes, um dos dirigentes do grupo, explica que para tal, os seus homens podem ter de "usar uma T-shirt do Bob Marley, com uma folha de marijuana, os símbolo da paz ou a cara de Che Guevara". As instruções incluíam ainda a recomendação para não levarem as armas à vista.

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